Perguntava à menina da
livraria
por estes irmãos, cujo
nome
ela dedilhou no teclado
com óbvias letras erradas.
- É recente? – indagou
com uma prestável candura.
O eventual comprador
parecia
não saber ao certo. Uma
espécie
de desânimo atravessa-me
os sentidos
na memória nostálgica
dos meus verãos
adolescentes, falésias
de tardes febris com a
pele
das páginas onde Aliocha e
Ivan
ou Sónia e Raskolnikoff
iluminavam a culpa e o
temor
que fatalmente já me
pertenciam.
Não se lê para o espírito, lê-se para compor os motores, acelerar as quantidades, aumentar os lucros e minimizar os custos da mão de obra. A menina da livraria poderá um dia não ter emprego.
Não se lê para o espírito, lê-se para compor os motores, acelerar as quantidades, aumentar os lucros e minimizar os custos da mão de obra. A menina da livraria poderá um dia não ter emprego.
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