Daniel Faria

Ela sorveu-me o sangue, curou-me a boca,
Espetou-me um anzol na língua e puxou-me
As palavras
Foi então que pensei que ia morrer
Afogado.

Assemelhei-me a um xilofone de silêncio
A um estrondo muito forte que só se ouvia bem em silêncio.
Gritei: então canta!
Ela pegou a minha tristeza e começou a dobar.

    É, assim, uma musa.

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