Luís Felício

a casa a água anda em volta
alguém semeia uma pedra em cima da mesa
onde o pão derradeiramente floresce
alguém sabe que

todo o lugar se cria por desproporção elementar
dos seus elementos

uma paisagem que se nutre
da ausência mesma do seu próprio nome

(como o amor)


       Que poema bonito! A mutação lenta e secreta do que nos é mais importante. 

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