havemos de nos sentar nas mesmas
cadeiras como se fossem as mesmas manhãs de sábado. havemos de olhar os mesmos
telhados, divagar sobre a eternidade dos gestos e jurar comovidamente que as
nossas almas se tocaram de uma maneira única e inesquecível.
eu hei-de esconder-te a minha
interminável solidão e tu hás-de demonstrar-me, muito inocentemente, nas tuas
palavras tão cheias de vida e de juventude, como a morte nos descobre mesmo nos
lugares mais altos.
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