Ingmar Heytze - Segunda meditação



Alguém te sopra como se fosses um dente-de-leão.
Nua, flutuas no escuro e não sabes –
o que é a escuridão, ou a luz, ou tu, ou a existência.
E no entanto as sementes dançam à tua volta,
filamentos a caminho do nada. Talvez um caia em terra fofa.
A probabilidade de germinar é extraordinariamente pequena,
mas tudo flutua. Tudo junto és tu.

  Quando as palavras são maiores que a flor. Flor? Planta?

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